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Cupim: um inimigo silencioso
Tenho recebido muitos chamados de pessoas do bairro para a identificação de cupins em árvores e arbustos. A maioria acaba sendo identificada como “cupim subterrâneo”. Capaz de consumir patrimônios de forma silenciosa e invisível, a colônia de cupins é uma sociedade complexa estrategicamente escondida que invadem o imóvel e se espelham pela construção, estabelecendo colônias dentro da estrutura.
Muitas vezes são confundidos com formigas, recebendo tratamento inadequado e ineficaz, o que retarda o eficiente controle da colônia e intensifica os prejuízos. Uma forma prática de diferenciação morfológica é a presença de “cintura” nas formigas que é ausente nos cupins.
A eliminação dos predadores pelo homem facilitou a dispersão dos cupins em áreas urbanizadas e são muitas as maneiras pelas quais os cupins podem infestar uma edificação.
É comum a infestação iniciar-se através de raízes de árvores e arbustos ornamentais, muitas vezes, sem sinais aparentes de infestação externa, levando ao risco de queda ramos, a morte precoce e consequente tombamento da planta.
As árvores infestadas por cupins subterrâneos, além de levar riscos á população, são focos de dispersão ás outras árvores sadias e construções adjacentes. Nas árvores e arbustos a infestação pode ser detectada através da presença de revoadas oriundas diretamente de troncos, ou presença de “caminhamento” que são túneis feitos com saliva e terra. Sintomas como declínio, amarelecimento, secamento, queda prematura de folhas, lesões, rachaduras superficiais ou profundas, florescimento tardio e precoce, não florescimento, brotamento tardio, estresse generalizado, podem ser indicativos de infestação.
A falta de critérios no diagnóstico acarreta dificuldades na tomada de decisão com respeito á remoção ou não da planta e a forma de controle. O critério baseado somente na aparência das árvores pode remeter a inverdade já que os danos podem estar confinados ao cerne, desta forma, árvores saudáveis e insuspeitas de infestação poderiam estar seriamente comprometidas.
O ideal é que, na suspeita de infestação de cupim subterrâneo, se recorra a técnicos especializados, com experiência na identificação das espécies, conhecimento da sua biologia e comportamento e a melhor forma de tratamento.
A Agrocesar, sempre preocupada com as questões sociais e ambientais, lembra que o uso de cupinicidas e outros produtos químicos devem ser feitos de forma criteriosa, respeitando as normas de segurança, a fim de evitar á morte da planta por fitotoxidade, a contaminação ambiental e intoxicação de pessoas e animais.
Dra. Marli Rezende Tessarini de Carvalho
Engº Agroº responsável técnico da Agrocesar
Proprietária da Campos&Jardins- Tecnologia em áreas verdes.
Consultoria e prestação de serviço em Paisagismo e Meio Ambiente
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